Jesus Cristo, o Bom Pastor



A pessoa e prática de Jesus é modelo por excelência do ministério da Igreja e do ministério do pastor. Quando falamos em ministério estamos falando do próprio Cristo. "Ele é o Ministro por excelência e seu é o ministério. Sua pessoa e missão é de onde exaurimos toda a riqueza, sentido, unidade, diversidade, poder, eficiência para o cumprimento de todo e qualquer ministério. Para compreendermos, portanto, os ministérios é necessário sempre redescobrir qual o sentido do ministério de Jesus.

O marco referencial que confere sentido e conteúdo a todos os ministérios da Igreja é o Ministério do Servo. É a partir do ministério de Jesus que podemos fazer julgamento apropriado do que fazemos como Igreja em missão no mundo. A reflexão e ação pastoral da Igreja não tem uma teologia autônoma e absoluta, pois se refere e depende de Cristo, de quem a Igreja é Seu Corpo e extensão na história.

A ação do Pastor tem como parâmetro as ações de Jesus, e deve ter como exemplo o próprio Cristo como descrito pelo Apostolo Paulo em Filipenses 2.5: "Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus". A passagem litúrgica de Filipenses 2.5-11, uma das primeiras confissões kerigmáticas da Igreja, remete-nos à teoria kenótica (do grego kellosis, esvaziar-se) segundo a qual Cristo despojou-se de sua divindade e assumiu a forma de servo. O conteúdo essencial de Filipenses 2.5-11 é eristológico e soteriológico. Esse texto fala-nos de duas dimensões que se harmonizam em Cristo: A primeira f.:.ellosis (ef.:.ellosell): "fazer-se vazio", "fez-se a si mesmo nada", "tornou-se pobre". E a segunda hyperypsosell: "super-exaltação,entronização". Essas duas dimensões atestam "a dimensão do encontro real com o homem no caminho da obediência até à morte, a qual culmina com o encontro perfeito com Javé, Deus-Pai, na exaltação. Ambos os momentos resumem a atitude pessoal e o comportamento comunitário do ministério de Jesus. É aí que os cristãos encontram os critérios de seu comportamento.

A relevância do ministério de Jesus estava em servir, e a ação do pastorado deve seguir a tônica deste ministério; Servir. O serviço é um aprendizado, precisamos aprender a servir, cuidar, amar e respeitar as pessoas, pois não vivemos sem elas. O céu é um lugar de muitos, Deus é um Deus de muitos. Que Deus nos capacite a servir!


*Texto extraído e Adaptado
Autor: Ronald Sathler Rosa
Adaptação: Fábio Müller
Livro: Cuidado pastoral em tempos de insegurança

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