Perdas

Por Fábio Müller 
Em uma conversa com Thiago Soares

No capitulo 15 do evangelho de Jesus segundo Lucas, encontramos três parábolas:
  • A parábola da moeda perdida, que se perdeu por um fortuito.
  • A parábola da ovelha perdida, que se perdeu pelo descuido.
  • A parábola do filho perdido, que se perdeu por sua vontade.
Nas perdas citadas nas parábolas, não enxergamos a morte, tão pouco a aniquilação. As perdas não são perdas, são porém situações momentâneas de algo que fugiu do lugar onde deveriam estar.

A moeda foi procurada, tal qual a ovelha, porém o filho, o que saíra por vontade própria da casa do pai, não foi procurado, houve espera.

Na vida há momentos de espera, o que esperamos, esperamos com confiança, ansiosos para que haja mudança, assim como houve com o filho, que caindo em si e não suportando mais comer com os porcos, decidiu entrar pela porta na qual saiu, a porta da liberdade de escolher.

Na parábola o pai atesta que o filho estava "morto e reviveu". As decisões que tomamos nos levam para a morte ou para a vida, o cair em si e o retorno seguro para o lugar de onde não deveríamos ter saído, não é uma regra exata, tão pouco uma certeza plena que teremos outra oportunidade, talvez por isso, o pai, na parábola, ao rever o filho que retornou, deu uma festa com o melhor que tinha.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Salmos de Degraus ou Cânticos das Subidas

Qual Cristo temos apresentado as pessoas?

Igreja ou Boteco?